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UFV sofre novo bloqueio orçamentário de R$ 14 milhões

Corte pode comprometer pagamento de bolsas e auxílios estudantis


Publicado em: 03/06/2022 às 08:35hs

UFV sofre novo bloqueio orçamentário de R$ 14 milhões

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou no último sábado, 28, seu posicionamento em relação ao “inadmissível, incompreensível e injustificável” corte orçamentário de mais de R$ 1 bilhão aplicado pelo governo federal nos orçamentos das universidades e institutos associados.

De acordo com o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Demetrius David da Silva, a instituição, especificamente, teve R$ 14,4 milhões bloqueados. “Isso certamente impactará ainda mais todas as ações da universidade, que está junto à Andifes na mobilização pela recomposição dos orçamentos das instituições federais e da ciência brasileira”, ressaltou o reitor em nota.

A nota da UFV ainda destaca: “o conjunto das universidades federais brasileiras, por meio da Andifes, conclama todos e todas que nutram a esperança de um país que efetivamente se preocupe com as gerações futuras, com seus estudantes (sobretudo aqueles com maior vulnerabilidade) e com o desenvolvimento econômico, científico e tecnológico do país, para que se mobilizem para exigir a recomposição dos orçamentos das universidades federais e da ciência brasileira”.

No documento enviado às universidades, o Ministério da Educação (MEC) diz que sofreu um bloqueio de R$ 3,23 bilhões, equivalente a 14,5% de toda a verba de uso discricionário para este ano. E que decidiu repassar esse percentual de forma linear (uniforme) a todas as unidades e órgãos vinculados ao ministério – ou seja, bloquear 14,5% de cada universidade, instituto ou entidade ligada ao MEC.

O termo “orçamento discricionário” se refere aos valores que cada universidade pode definir como aplicar, excluindo despesas obrigatórias como salários e aposentadorias de professores. Entram no orçamento discricionário os investimentos e as despesas de custeio – pagamento de bolsas e auxílio estudantil, contas de água e telefone, contratos de segurança e manutenção, por exemplo.