POLÍCIA

Exames iniciais constataram um ferimento profundo na cabeça do jovem pontenovense encontrado morto em Viçosa


Publicado em: 10/03/2015 às 02:59hs

Exames iniciais constataram um ferimento profundo na cabeça do jovem pontenovense encontrado morto em Viçosa

Informações repassadas ao jornal Folha da Mata dão conta de que a polícia confirmou, em exames de necropsia, que o jovem pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17, foi assassinado. O rapaz veio a Viçosa na sexta feira, 6, para participar de uma calourada e disse para a mãe que voltaria na manhã de sabado. Como ele não ligou para casa nem atendeu o celular, a mãe ligou para a polícia de Viçosa à procura de alguma informação sobre o seu paradeiro do jovem que, após muita especulação e denúncias falsas, foi encontrado morto na tarde de segunda-feira.  

O laudo expedido pelo médico legista deverá sair em 10 dias, mas a polícia constatou que o corpo de Gabriel apresentava um ferimento profundo na cabeça, provavelmente produzido por disparo de arma de fogo. Mas, pelo adiantado estado de decomposição do corpo, a arma usada para provocar o ferimento somente poderá ser identificada quando for publicado o laudo médico, já que o ferimento pode também ter sido feito com um golpe utilizando-se uma arma pontiaguda.

Ainda segundo informações repassadas pela polícia, amigos de Gabriel prestaram depoimento na Delegacia de Polícia e desmentiram a primeira versão de que ele estaria drogado e bêbado durante a festa. Segundo os depoimentos, Gabriel não usava drogas e bebia muito pouco. Eles confirmaram que o jovem não conseguiu embarcar no ônibus, depois de um tumulto na porta do coletivo e, por isso, foi embora a pé. Os depoentes acrescentaram que iniciaram as buscas pelo corpo de Gabriel na noite de domingo. Depois de muita procura, já na tarde de segunda-feira, quando estavam nas proximidades do Campo do Couceiro, onde abordavam as pessoas e mostravam a elas cartazes com a foto do desaparecido, um senhor revelou a eles ter sentido forte mau cheiro quando passava pela estrada que liga a BR-120, passando pela horta da UFV, ao  Departamento de Veterinária. Os jovens foram ao local, encontraram o corpo e acionaram a polícia.

O corpo foi encontrado no final da tarde de segunda-feira, 9, na região da Horta da Universidade Federal de Viçosa. O corpo estava numa vala, à beira da estrada.  Amigos da vítima reconheceram Gabriel pelo porte físico e por uma pulseira de ouro que ele estava usando na festa. Já em estado avançado de decomposição, o corpo apresentava sinais de ter sofrido violência física e estava totalmente nu.

Gabriel estava desaparecido desde a madrugada de sábado, 7, depois que participou de uma “calourada”, promovida pela República Qkické, na noite de sexta-feira, 6. A festa de recepção aos calouros da Universidade Federal de Viçosa é algo recorrente na cidade. Esta, “Entornando o Béquer”, era uma festa com cerveja liberada, que aconteceu no sítio do Lino, em Cajuri (nas proximidades do distrito viçosenses de São José do Triunfo). Os organizadores da festa alegam que o adolescente apresentou uma identidade falsa para conseguir entrar no evento, que é proibido para menores de 18 anos.
A mãe de Gabriel disse à polícia que ele saiu de casa, em Ponte Nova, para se encontrar com sua namorada em Viçosa e juntos, foram à festa. Ela informou ainda que ele teria dito que voltaria para casa, em Ponte Nova, no primeiro horário de ônibus, porque tinha cursinho às 10 horas. A mãe conta que às 7 horas da manhã de sábado, estranhando que o rapaz não aparecera, ela tentou falar com ele pelo celular, mas ele não atendeu. Logo em seguida ela recebeu uma ligação do celular dele, mas apenas ouviu gemidos. A mãe, desesperada, disse que tentou ligar outras vezes, sem sucesso. Ela esteve na Delegacia de Viçosa na manhã de hoje, para acompanhar as investigações.
Na tarde de ontem, o celular da vítima foi encontrado nas proximidades do Cemitério do distrito de São José do Triunfo. A polícia está investigando o caso.

Gabriel cursava o terceiro ano do ensino médio no Colégio Salesiano Dom Helvécio, em Ponte Nova. Ele era filho único.