ECONOMIA

Preço da cesta básica já compromete 45% do salário mínimo em Viçosa

O trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$1.212,00 em outubro, gastou 44,65% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, sendo que em setembro, tal valor havia sido de 42,00% da renda.


Publicado em: 21/11/2022 às 12:45hs

Preço da cesta básica já compromete 45% do salário mínimo em Viçosa
Foto: EBC

O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa), calculado pelo Departamento de Economia da UFV, apresentou inflação de 0,15% em outubro. Esse resultado reverte a tendência de queda nos preços para o consumidor na cidade, que tinha apresentado duas deflações para os meses de agosto e setembro.

Essa tendência de reversão no comportamento de preços foi também observada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE. A inflação oficial do país foi de 0,59% em outubro, após três deflações seguidas verificadas nos meses de julho, agosto e setembro.

Cesta básica

O trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$1.212,00 em outubro, gastou 44,65% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, sendo que em setembro, tal valor havia sido de 42,00% da renda.

Em relação ao valor da cesta básica, a mesma foi, no mês de outubro, de R$541,11, ou seja, R$32,06 mais cara em comparação ao mês de setembro, cujo custo havia sido de R$509,05. Tal aumento foi de 6,30%.

Os produtos cujos preços mais contribuíram para esse aumento foram tomate (24,20%), batata inglesa (16,44%) e banana (15,71%). Em relação aos dois primeiros produtos, a diminuição da colheita da safra de inverno reduziu a oferta dos mesmos aumentando, consequentemente, o seu preço.

Outros grupos que compõem o IPC-Viçosa

Em outubro de 2022, dos sete grupos que compõem o IPC-Viçosa, seis tiveram variações positivas de preços e uma negativa. Sofreram aumento os itens dos grupos Artigos de Residência (5,32%); Educação e Despesas Pessoais (0,77%); Habitação (0,62%); Vestuário (0,56%); Alimentação (0,48%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,39%). Já os itens do grupo de Transporte e Comunicação sofreu queda (-3,04%).

No grupo de Artigos de Residência, a pesquisa destacou os reajustes nos preços de Acessórios (12,10%); Eletrodomésticos (10,27%) e Mobiliário (7,35%), com ênfase, respectivamente, na alta de preços para os produtos travesseiro (17,29%); ferro elétrico a vapor (26,02%); e guarda-roupas de madeira (16,95%).

Contribuiu para a alta no grupo de Habitação (0,62%) os itens Material de Limpeza (7,58%) e Outras Despesas (5,17%), com ênfase para o aumento do sabão em barra (16,67%) e no guardanapo de papel pequeno (17,95%).

Já no grupo Transporte e Comunicação, o único que apresentou deflação, ficaram mais baratos os itens de Transporte Coletivo Interurbano (-7,75%) e Transporte Particular (-4,99%) com ênfase, respectivamente, para a redução no preço das passagens Viçosa/Rio de Janeiro (-12,13%) e Viçosa/Belo Horizonte (-11,11%); e no preço médio do óleo diesel (-5,23%), da gasolina (-5,13%) e do álcool (-3,45%).

Alimentação

Os produtos que ficaram mais caros em outubro foram inhame (43,88%), quiabo (28,18%), pimentão verde (25,14%); bolo (14,15%), pão francês (9,46%), pão de forma (7,23%), laranja (15,80%), banana (15,72%), maracujá (15,42%); suco natural (14,51%) e refrigerante (3,97%).