CULTURA

Dança de Viçosa é aclamada no centro-oeste e na capital de MG

O fim de semana terminou com a apresentação do Grupo Impacto na Praça da Liberdade em Belo Horizonte. O espetáculo YOTÉ provocou risadas e reflexão a centenas de pessoas


Publicado em: 22/08/2022 às 14:11hs

Dança de Viçosa é aclamada no centro-oeste e na capital de MG

Encerrando a turnê que passou por 20 cidades com obras vistas por cerca de 10 mil pessoas, a Êxtase Cia de Dança e o Grupo Impacto receberam calorosa recepção do público em suas passagens pela capital mineira e região centro-oeste de Minas Gerais. A Êxtase levou o seu Levante à Praça da Savassi e, antes disso, passou por Paraopeba e Divinópolis. A Cia viçosense esteve pela primeira vez nessas cidades e encantou o público nas escolas em que se apresentou. 

Na primeira parada, em Paraopeba, a Êxtase foi recebida pelo coreógrafo da obra, Alan Keller. Natural da cidade, ele foi homenageado pela recente premiação como melhor coreógrafo do Festival de Joinville e disse que a presença da Êxtase na sua cidade natal foi um presente. 

"Estar com Levante a escola em que eu estudei é uma honra. Aqui foi a primeira vez que eu dancei e soube que queria fazer isso para sempre. Esse momento nos mostra a importância da arte, da cultura e da educação para a vida e o futuro das pessoas". 

A diretora da instituição, Jussara Guerra, contou que este ano a escola comemora 100 anos em 2022 e as apresentações de Levante marcaram a história e estarão para sempre na memória de todos. “Começamos da melhor maneira as comemorações pelo Dia do Estudante e pelo nosso centenário. Com arte e cultura”. 

Em Divinópolis, as apresentações chamaram a atenção de crianças de todas as idades e os professores agradeceram ao grupo pelo excelente trabalho e, principalmente, pela mensagem de liberdade e encorajamento levantadas pelo espetáculo. Leandro Reis de Melo, diretor de Educação da Prefeitura destacou que apresentar arte e cultura profissional para as crianças foi uma grande oportunidade de crescimento pessoal para todos. 

“Fantástico conseguir oportunizar para as crianças periféricas que não tem acesso à cultura é único e fundamental. É uma maneira de democratizar a cultura e a dança e dar um passo além no processo de educação. Educação é vivência de experiências e essa foi certamente muito enriquecedora”, completou. 

Em BH, além de Levante, o público assistiu ao espetáculo “Turba'', do Grupo Jovem Arte e Passo, com direção de Liana Sáfadi, ex-bailarina da Êxtase. Fred Veiga, diretor artístico do grupo convidado, enfatizou a potência da obra da Cia. viçosense. “São cenas que ficarão reverberando na memória. Com um elenco lindo, forte e presente”. Sobre a iniciativa de levar os trabalhos para a rua, ele agradeceu o convite e disse ter sido uma chance “de ampliar as possibilidades da arte ser experienciada por mais pessoas “. 

O fim de semana terminou com a apresentação do Grupo Impacto na Praça da Liberdade em Belo Horizonte. O espetáculo YOTÉ provocou risadas e reflexão a centenas de pessoas. As brincadeiras que aparecem na coreografia envolveram o público e despertaram boas memórias.

O coreógrafo Wesley Ribeiro destacou a leveza do trabalho como um ponto alto que aproxima o público e prende a atenção. “é fácil de entender e nos convida a estar perto e reviver as brincadeiras aprendidas com nossos pais e avós e que superam gerações. O trabalho também reforça a importância de se movimentar e brincar longe das telas e junto das pessoas”. 

Bailarinas do Núcleo Artístico, de BH, também estiveram na manhã de dança na praça e a diretora Marjorie Quast pontuou que o evento foi um momento único de reverência à dança, à arte e ao lúdico, proposto pelo Impacto. “A arte tem que ir onde o povo está e fiquei muito feliz de participar com a escola e estar com esse público lindo em um dia especial”. 

Patrícia Lima, diretora geral de Êxtase e Impacto avaliou a turnê de maneira positiva. Para ela, o reencontro com o público trouxe motivação e energia para os grupos, que não pararam de trabalhar na pandemia e que lutam no dia a dia para fazer arte de qualidade no interior de Minas Gerais. 

Os espetáculos são parte do Projeto do Instituto Asas - Manutenção dos corpos artísticos, executado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com o patrocínio da Metalsider; Amantino Supermercados e Haskell, apoio cultural da Folha da Mata, promoção das prefeituras locais e realização do Instituto Asas, Núcleo de Produções Culturais, e Núcleo de Arte e Dança.