Nos meses de janeiro a dezembro desse ano, foram notificados 46 casos suspeitos de dengue em Viçosa, segundo a Vigilância Ambiental da Secretária de Saúde do município. Dentre eles, 22 casos foram confirmados, 22 casos descartados e dois ainda seguem em investigação.

Conforme os balanços levantados no mesmo período do ano passado, os números de casos confirmados da doença apresentaram declínio, pois 701 foram confirmados. No ano de 2019, foram 821 registros.

A Coordenadora do setor de Vigilância Ambiental, Rafaela de Oliveira, explicou que a queda nos casos ocorreu, principalmente, ao estado de alerta da população com relação à doença: "durante a pandemia, passamos mais tempo em casa e, com isso, olhamos mais para nossos quintais e para locais que podem ser criadouros do mosquito. Mais de 85% dos focos são domésticos", concluiu.

Segundo a Vigilância Ambiental, foram recebidas 164 denúncias, 10 notificações foram aplicadas aos casos que apresentaram irregularidades e ações de bloqueio nos bairros para impedir a propagação do mosquito foram realizadas pelos Agentes de Combate de Endemias da Prefeitura de Viçosa em 2020. As equipes também promoveram quatro mutirões de limpeza para remoção de possíveis criadouros do mosquito, distribuição de panfletos, cartazes informativos, aplicação de larvicidas e a utilização do UBV (Ultrabaixo Volume), o chamado “fumacê”.  

Cuidados para o verão

Além disso, a Vigilância Ambiental reforça que o aumento das chuvas e temperaturas no verão favorecem as condições para a procriação do mosquito, já que cada fêmea consegue depositar ovos capazes de gerar até 150 filhotes em um ciclo de sete dias. 

Algumas medidas podem ser incorporadas à rotina para evitar o surgimento dos focos, conforme dito pela coordenadora do setor de Vigilância Ambiental, Rafaela de Oliveira: "tire um tempo do dia para conferir se tem água acumulada em vasos de plantas ou em objetos na varanda e no quintal. Cubra ralos e a caixa d'água e confira se as calhas no telhado estão entupidas acumulando água. Essas ações evitam que o ano de 2021 comece com um surto da doença”, explicou.