Viçosa está longe de ter por exemplo os Estados Unidos, onde Trump pôs dificuldade no trato com Biden para a transição de governo. Nem, tampouco, está perto de espelhar o Brasil de 1985, com Figueiredo escapando do Palácio, para não passar a faixa a Sarney. Aqui, encerraram-se, no dia 15, as disputas políticas e, agora, o grande protagonista é o município. Civilizada e imediatamente, Ângelo, o grande derrotado com a ‘Tia’ Lúcia, designou equipe para, sob a liderança de Nazildes, sua Superintendente de Gestão Pública e Governança, passar informações sobre as contas, programas e projetos da Administração, bem como sobre a estrutura administrativa e sobre o quadro de servidores, à turma de Violeira, sob o comando de Vanja, vereadora eleita.

Enquanto isso, a gente torce para que o eleito, abençoado pela sua sempre invocada ‘Madrinha Nossa Senhora Aparecida’, constitua uma equipe com técnicos do mais alto quilate que Viçosa – mais que as cidades de seu porte – tem para oferecer. Tanto para finalizar a revisão do Plano Diretor – caso não o aconteça ainda na atual legislatura –, quanto para ajudá-lo na gestão, que se inicia em janeiro. Que Raimundo aproveite e expanda a parceria que a UFV está oferecendo, presentemente, no combate à pandemia.

Problemão que, no Brasil, ainda assusta com a ultrapassagem dos seis milhões de infectados e a iminente chegada aos 170 mil mortos e, em Viçosa, não se pode ser otimista depois que avançou para sete centenas de casos confirmados: só na última sexta-feira, 24. Um recorde! Ainda que a desnecessidade de internações, deixando leitos hospitalares disponíveis, retrate vitórias nos tratamentos domiciliares, que o leitor não espere pela vacina. Todos devemos – e já! – retornar ao comportamento responsável, no momento esquecido pela maioria. Veja a observação do pesquisador Wesley Cota, da nossa UFV: “A onda epidêmica se move novamente para as regiões Sul e Sudeste (...) e essa incidência depende do comportamento social das pessoas em cada cidade, por exemplo, pelo nível de isolamento social e restrições adotados e uso de máscaras.” Não tenhamos medo de sermos adjetivados de ‘maricas’ ou de ‘frouxos’, pelo Capitão, que olha, politicamente, para a pandemia, filia-se ao partido do vírus, desrespeita normas e receita a cloroquina. Ainda que a ciência desautorize a opção e estudo desenvolvido pelo doutorando da UFV, Márcio Rocha, em conjunto com Raniella Bazoni, nela graduada, demonstre que o fármaco interage com o DNA e, por isso, causa efeitos colaterais.

Que bom será se o viçosense puder assistir a um bom número de eventos, que lhe traga mais benefícios. E, neles, escutar um humilde Raimundo Cardoso discursar, antes de encerrá-lo com uma roda de viola e com ele no pandeiro:

- Tenho o máximo orgulho de lhes entregar esta tão necessária obra. Como foi possível, se esse Prefeito sabe apenas manejar vassoura e rodo? Realmente, não teria condição de executá-la, não fosse a grande competência técnica deste Secretário, aqui do meu lado!