CÂMARA

Secretário de saúde responde dúvidas sobre a pandemia e qualidade do atendimento em Viçosa

Aumento nos casos positivos de Covid-19 em 2022 e queixas sobre atendimento nas unidades de saúde tem sido os maiores problemas enfrentados pela pasta


Publicado em: 17/02/2022 às 11:09hs

Secretário de saúde responde dúvidas sobre a pandemia e qualidade do atendimento em Viçosa
Foto: divulgação/CMV

O Secretário de Saúde de Viçosa, Rainério Rodrigues Fontes, de 29 anos, participou da reunião da Câmara na última terça-feira, 15, para apresentar um balanço das atividades à frente da pasta, até o momento. A qualidade dos atendimentos nas unidades de saúde e o enfrentamento ao coronavírus marcaram as falas do secretário durante quase duas horas.

Rainério bateu na tecla de que baseia o trabalho da secretaria em planejamento e estudos técnicos, o que ajudou a impulsionar seu nome ao cargo de secretário, em outubro, após a exoneração de Antônio José Maciel.

COMBATE À PANDEMIA

Durante a reunião, foram apresentados gráficos com a evolução da pandemia desde março de 2020 até o final do ano passado, incluindo números de casos positivos, óbitos, ocupação de leitos hospitalares e vacinação. Atualmente, segundo dados da própria Secretaria de Saúde, cada viçosense contaminado pode transmitir o vírus para outras 176 pessoas, o que demonstra que o vírus ainda não está sob controle.

As ações de combate à Covid-19 foram um dos pontos de questionamento dos vereadores, principalmente sobre o fim da Central Covid, em dezembro, e a descentralização do atendimento. Já havia cobranças para a expandir as ações para as UBSs, o que gerou um aumento no número de atendimentos a pessoas com sintomas gripais em janeiro, segundo o secretário.

Em janeiro e fevereiro, até o início da semana, foram 13.662 testes realizados na população, sendo a maioria no primeiro mês do ano. O trabalho só não foi mais intenso em função da escassez de kits de testagem em todo o país. Rainério garantiu que não faltam recursos da prefeitura para a compra dos testes, mas reconheceu que os preços subiram “um teste que antes custava R$ 7,80, agora está sendo vendido, em média, a 50 ou 70 reais”, disse. E citou ainda notas técnicas que falam sobre o uso racional de testes de Covid em todo o país, com base em critérios prioritários que já foram adotados no município.

Em relação à campanha de vacinação, a Secretaria de Saúde espera encerrar a aplicação da primeira dose em todas as crianças de 05 a 11 anos cadastradas até o fim da próxima semana. Mas, ainda há a dificuldade em convencer a população a aderir à dose de reforço, cuja cobertura ainda está em 43,6% da população.

MELHORIA NOS ATENDIMENTOS

Os vereadores também questionaram dificuldades vivenciadas nos hospitais e unidades de saúde por parte da população. Foram feitas queixas sobre a falta de um atendimento humanizado nas UBS e longas demoras nas filas dos hospitais. O secretário disse que as UBS receberam novos profissionais, que passaram por capacitações e acredita que o atual quantitativo consegue atender a população. Recentemente, foram contratados 10 novos profissionais. Mas, o quadro registra baixas: três perderam os contratos do programa federal Mais Médicos e outras duas médicas pediram exoneração. Além disso, há registros constantes de profissionais afastados por conta da Covid-19.

Já sobre os hospitais, citou os contratos para repasses de recursos para a pactuação dos serviços de saúde e uma comissão de avaliação de cumprimento das metas dos contratos firmados com os hospitais São João Batista (HSJB) e São Sebastião (HSS). “Se não tiverem atendendo, temos o dever de fazer o corte do recurso que lá se encontra”, afirmou Rainério.