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Pesquisadores da UFV monitoram nascentes na Zona da Mata

Equipe monitora avalia a qualidade e quantidade de água em regiões de mineração


Publicado em: 20/11/2020 às 11:08hs

Pesquisadores da UFV monitoram nascentes na Zona da Mata
Foto: Aline Gonçalves Spletozer

Pesquisadores da UFV (Universidade Federal de Viçosa) têm se empenhando no desenvolvimento do Programa de Estudos Hidrológicos (PEHidro), que busca compreender o comportamento hídrico em áreas de mineração bauxita na Zona da Mata. O trabalho desenvolvido em parceria com a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), monitora as nascentes para avaliar a qualidade e quantidade de água em regiões de mineração, com foco na reabilitação ambiental.

O programa é coordenado pelo professor Herly Carlos Teixeira Dias, do Departamento de Engenharia Florestal, e pelo estudante de doutorado Lucas de Jesus da Silveira. Eles contam ainda com o apoio dos produtores rurais e proprietários das áreas estudadas, que recebem orientações para cuidar das nascentes.

A primeira etapa contou com o mapeamento de 100 nascentes e seleção de 10 para monitoramento, localizadas em Miraí, Muriaé, Rosário da Limeira e São Sebastião da Vargem Alegre. Segundo a equipe, “o objetivo é acompanhar as bacias hidrográficas de cabeceira que contenham jazidas de bauxita em sua área de drenagem, realizando um comparativo entre as fases pré e pós-mineração de bauxita”.

Após questionamento dos moradores das áreas, há cinco anos, os pesquisadores executam também o Projeto de Escoamento Superficial, com o intuito de avaliar o escoamento da água sobre o solo, antes e depois da mineração. Segundo os pesquisadores, “o escoamento superficial em área reabilitada foi 67,45% menor que uma área ainda não-minerada, sob plantio de eucalipto, e comparando uma mesma área, houve redução de 1,75 vezes no escoamento superficial após a reabilitação”.

A CBA e UFV atuam juntas desde 2008 desenvolvendo melhorias de reabilitação ambiental. O objetivo é fazer com que as áreas submetidas a este processo reintegração à paisagem da região, com uso de técnicas que formem um ambiente natural e sustentável.