SAÚDE

HSS apura causas da morte de bebê em parto

Casal de Presidente Bernardes acredita que morte foi causada por demora no procedimento e HSS apura as responsabilidades


Publicado em: 08/11/2021 às 09:10hs

HSS apura causas da morte de bebê em parto
Foto: Arquivo

O falecimento de um bebê da cidade de Presidente Bernardes na maternidade do Hospital São Sebastião (HSS), em Viçosa, está sendo apurado pela instituição e pela polícia. O caso ocorreu na madrugada do dia 25 de outubro.

O pai da criança relatou à polícia e à ouvidoria do HSS que na manhã de domingo, 24, procurou a unidade de saúde de Presidente Bernardes após constatar que sua esposa estava perdendo líquido. A unidade transferiu a gestante para o HSS, em Viçosa, onde deu entrada por volta das 8h35 e foi prontamente atendida por uma médica. O marido conta que a esposa foi submetida a um exame de toque, tendo a profissional afirmado que não estava na hora do parto e que a gestante e o bebê estavam bem, sem riscos, mas que a gestante ficaria internada.

Ainda segundo o relato do pai aos policiais, por volta das 16h45 uma medicação foi aplicada na gestante para “adiantar o parto”, momento em que ele recebeu a informação de que sua esposa estava bem e que o bebê estava em posição de parto. No entanto, relatou que em determinado momento, sua esposa começou a perder líquidos novamente, mas não sentia dor; e que ao ser novamente medicada, a gestante passou a sentir dores. Instantes depois, o pai foi informado que o coração do bebê estava fraco e que seria necessário fazer uma cesariana de emergência.

Por volta da meia noite, iniciou-se o parto. O marido relatou que acompanhou o procedimento na sala de cirurgia e que, após 15 minutos assistindo ao parto, foi informado pela médica que seu filho não respirava. Declarou também que a equipe médica adotou os procedimentos para reanimar a criança, mas o bebê não reagiu aos procedimentos realizados.

Ao Folha da Mata, o pai declarou que não se conforma com a demora do hospital narealização do parto. Ele acredita que, se os procedimentos médicos para a retirada da criança tivessem sido realizados em tempo hábil, seu filho estaria vivo. Ele disse ainda que queria gravar o parto, mas não foi permitido e permaneceu sentado durante todo o procedimento. Segundo o pai, o bebê foi retirado por volta de uma da madrugada de segunda-feira, 25, e ele não escutou o choro do filho.

O Hospital São Sebastião informou à reportagem que foi aberto um procedimento interno de apuração e que o processo tramita no Setor de Segurança do Paciente. Informou ainda que, ao final da apuração, a ouvidoria do hospital fará contato com o denunciante para informá-lo do resultado da investigação. De acordo com a ouvidoria, o hospital não pode passar novas informações enquanto a investigação interna não for concluída.