JUSTIÇA

Caso Gabriel: réus não são interrogados e Justiça marca nova audiência

Gabriel foi assassinado em março de 2015


Publicado em: 08/11/2021 às 09:00hs

Caso Gabriel: réus não são interrogados e Justiça marca nova audiência
Foto: Arquivo

O caso do jovem pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, assassinado em Viçosa em março de 2015, vai avançar no ano que vem. Uma nova audiência de instrução, para ouvir réus e testemunhas, foi marcada para o dia 25 de fevereiro de 2022. Na na última quinta-feira de outubro, dia 28, a primeira audiência de instrução foi realizada no Fórum de Viçosa.

Os quatro réus, que possuem algum indício de envolvimento na morte de Gabriel, estavam presentes, mas não prestaram depoimento. O Folha da Mata conversou com a advogada Carolina Coppo, que representa a família da vítima. Ela explicou que o procedimento da justiça é ouvir primeiro as testemunhas de acusação e defesa.

Entretanto, como são muitas pessoas, nem todas foram localizadas ou estiveram presentes no fórum. Por isso, a justiça agendou uma nova data. Só após o fim dos depoimentos das testemunhas, os réus serão interrogados. Mesmo com a nova data já prevista, não é possível afirmar que esta será a última audiência de instrução antes do julgamento.

LATROCÍNIO 

A advogada da família também antecipou ao Folha da Mata que, dificilmente, o caso do jovem Gabriel irá à júri popular. Segundo Carolina, a denúncia que pesa sobre os réus é de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Como este é um crime que atenta contra o patrimônio, não está classificado como um tipo de delito apto a ser julgado em júri popular. Nesse caso, a pena prevista é de 20 anos, ou mais, de prisão em regime fechado, por ser considerado crime hediondo.

Gabriel foi encontrado morto no dia 06 de março de 2015, em uma vala próxima à horta da UFV, na estrada da região do Campo do Couceiro. Ele desapareceu após ter participado de uma calourada em um sítio localizado no distrito de São José do Triunfo, em Viçosa, e só foi encontrado três dias depois. A polícia constatou que o corpo de Gabriel estava nu, com marcas de tortura e apresentava um ferimento profundo na cabeça, produzido por disparo de arma de fogo.