EDUCAÇÃO

Comunidade pede ajuda para problemas no acesso à escola Raul de Leoni

Mina d’água e tráfego de veículos pesados na rua de acesso à escola tem colocado estudantes em risco


Publicado em: 25/02/2022 às 10:59hs

Comunidade pede ajuda para problemas no acesso à escola Raul de Leoni
Foto: Alice Ruschel

A volta presencial das atividades escolares tem exposto problemas antigos em muitas unidades educacionais de Viçosa. Na Escola Estadual Raul de Leoni, as queixas concentram-se do lado de fora, nas condições da rua Mário Dutra dos Santos.

Representante da comunidade escolar, professor da instituição e vice-diretor, Maurício Jarbas Moraes de Godoi, participou da reunião da Câmara na terça-feira, 15, para desabafar sobre os problemas. O Folha da Mata também recebeu um e-mail com os mesmos relatos. Com fotos que comprovam a situação relatada, Maurício diz que a rua, já estreita, fica ainda mais apertada com a presença de caminhões do depósito de uma distribuidora, o que dificulta a passagem de veículos de pais e ônibus escolares. Nos horários de entrada e saída de estudantes, o trânsito fica mais complicado.

A supervisora pedagógica, Keila Guimarães Fontes, diz que quem mais sofre são as crianças com deficiência, com limitações para até chegar ao destino. “Na escola, são 11 alunos com alguma deficiência. E a van que traz eles, muitas das vezes tem que contornar as carretas para conseguir alcançar a rampa da escola”. Em uma ocasião, o caminhão do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa (SAAE), que semanalmente coleta o lixo da escola, não conseguiu passar pela rua, por falta de espaço.

Além disso, segundo ele, há uma mina d’água que nasce atrás da escola e escorre pela rua, deixando o trecho constantemente molhado. A água ainda passa na frente dos portões de acesso ao prédio, onde transitam, em média, 350 alunos diariamente. A diretora do Raul de Leoni, Graziele Aparecida da Silva Vieira, conta ainda que está ocorrendo infiltração no muro da escola, causado pela água, e o problema intensifica no período de chuvas fortes.

Em 2017, foi realizado um abaixo-assinado pela escola para pedir asfaltamento da rua. No dia 15 de fevereiro, um ofício foi enviado solicitando que seja feita uma análise da Diretoria de Meio Ambiente na mina d’água, para ver se há algum proveito possível para a água. E ainda pede ações das diretorias de obras e de trânsito, especificamente sobre as manobras de caminhões em frente à escola.

PROVIDÊNCIAS

No início da semana, os vereadores João Januário (Cidadania), que preside a Comissão de Obras e Serviços Públicos, e Rogério Fontes (PSL) estiveram vistoriando a Rua Mário Dutra dos Santos, juntamente com o diretor de Trânsito da PMV, Kleber Picanço; o chefe do Departamento de Segurança no Trânsito, Reinaldo de Faria; e o chefe do Departamento de Engenharia de Tráfego, André Luís Quirino.

Ao Folha da Mata, a Diretran disse que foram feitas fotos, vídeos e medições no local e que a demanda está em análise e certamente haverá alguma intervenção. Já a Secretaria de Obras reconhece o problema e afirmou que a pavimentação asfáltica da rua consta em programação definida e deverá ser executada em breve.

Sobre a mina d’água, o Geoprocessamento, Planejamento e Meio Ambiente (Geoplam), por meio da Diretoria de Meio Ambiente, disse não ter conhecimento de uma nascente ou algum afloramento de água nas proximidades da escola. Em consulta à base de dados do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), não foi observada a existência de ponto específico de nascente na localidade. Mas, tendo em vista a manifestação apresentada, será realizada uma visita técnica na região a fim de verificar a real situação do afloramento de água, e posteriormente indicar a melhor forma de manejo.

whatsapp-image-2022-02-25-at-110051Veículo de transporte escolar divide espaço na rua apertada com as carretas que manobram no local.