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O início do ano de 2022 seguiu a tendência registrada em dezembro e confirmou o baixo crescimento econômico do país em relação à criação de empregos. No levantamento feito pelo Folha da Mata no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 15 municípios da Zona da Mata, foram fechadas 421 vagas formais de emprego.

Os dados foram divulgados na quinta-feira, 10 e são referentes ao mês de janeiro. Ao todo, foram contratadas 2.246 pessoas. Mas, no mesmo período, foram 2.667 demissões, o que gerou o saldo negativo para o mês. O município que mais demitiu foi Ubá, com 149 postos de trabalho fechados. Visconde do Rio Branco e São Geraldo, que também possuem movimentação industrial e do polo moveleiro, fecharam 103 e 18 vagas, respectivamente. Ponte Nova não fica atrás, tendo saldo negativo de 117 postos de trabalho a menos.

Da lista, apenas seis municípios contrataram mais que demitiram. Ainda assim, com um saldo positivo muito baixo: Pedra do Anta (8), Araponga e Ervália (3), Porto Firme (2), Canaã e Paula Cândido (1).

VIÇOSA

Em relação ao desempenho viçosense no Caged, foram 21 vagas fechadas, resultado de 447 contratações contra 468 demissões no mês de janeiro. As maiores baixas foram vistas no setor de contratação de mão-de-obra terceirizada para atividades em condomínios e prédios, seguido pelo setor de bares e restaurantes.

Mas, o pior saldo na conta entre contratações e demissões está na construção civil que, em janeiro, demitiu duas vezes mais que admitiu novos empregados. Como consequência da baixa no setor, os serviços especializados na construção de edifícios, como demolições e preparação de terrenos também teve baixas no mês.

A pesquisa do Caged ainda revelou que Viçosa possui, atualmente, um estoque de 15.957 pessoas, número que representa o total de vínculos celetistas ativos no município. Mais de 8,7 mil pessoas estão contratadas formalmente no setor de serviços, principalmente nas áreas de educação e saúde. Outra grande parcela, de 4,4 mil pessoas, está empregada no comércio local. Outras 1,5 mil pessoas estão nas indústrias instaladas no município. A construção civil, em janeiro, contava com 962 pessoas empregadas e o setor agropecuário contava com 300 registros formais de emprego.

MINAS E BRASIL

O Brasil fechou o mês de janeiro de 2022 com um saldo de 155.178 empregos formais. O desempenho é melhor que o de dezembro, mas, ainda assim, é o pior na comparação entre maio a novembro de 2021.

Em Minas Gerais, foram fechadas pouco mais de mil vagas de emprego, saldo de 177.790 contratações contra 178.873 demissões, um dos piores resultados em 12 meses. O comércio mineiro foi o que mais sentiu o impacto, com saldo negativo de mais de 10 mil vagas fechadas em janeiro. O que ajudou a amenizar a situação foi o setor de serviços e a indústria de transformação, que fecharam o mês com saldo positivo de mais de 8,8 mil novas contratações em MG.