ECONOMIA

Inflação em Viçosa acumula alta de 11% em 2021

Cesta básica bateu recorde dos últimos cinco meses de aumento de preços


Publicado em: 14/10/2021 às 17:25hs

Inflação em Viçosa acumula alta de 11% em 2021
Carne de frango ficou mais cara, por conta do aumento da procura por parte do consumidor Foto: reprodução

A inflação em Viçosa, calculada no mês de setembro, apresentou a segunda maior alta de 2021, até agora, fechando em 1,83%. É o que aponta o relatório mensal do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado por pesquisadores do Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (DEE-UFV). O comportamento dos preços em Viçosa acompanha a tendência nacional de aumento persistente da inflação. Em 9 meses, a variação do IPC chega a 11,07% no município.

O principal impacto está no grupo de alimentos (3,22%), incluindo frutas, café e carne de frango, que ficou mais cara por conta da procura maior, como compensação para a carne vermelha. Os itens do grupo de habitação (3,11%), que no mês anterior não tiveram altas consideráveis, puxou o IPC de setembro, graças aos reajustes do gás de cozinha, energia elétrica e produtos de limpeza e construção.

Os itens de vestuário chegaram a ter redução de preço em agosto e, agora, voltaram a subir (2,39%). Os artigos de residência (1,33%) ficaram levemente mais baratos na comparação com o mês anterior, assim como o grupo relacionado à transporte e comunicação (0,09%). O aumento recente da gasolina não foi considerado neste estudo, finalizado em setembro e divulgado nesta semana. Entretanto, para o próximo mês, a expectativa é de que este grupo tenha nova oscilação positiva.

Fecham o estudo que calcula o IPC em Viçosa os produtos dos grupos de saúde e cuidados pessoais (0,16%) e educação e despesas pessoais (0,40%). Ambos tiveram pouca força na inflação do mês.

CESTA BASICA EM ALTA

Comprar os itens da cesta básica em Viçosa consome pouco mais de 42% da renda do trabalhador que ganha um salário mínimo. O custo calculado pelo DEE mostra que ir ao mercado comprar os 13 itens básicos de alimentação sai, em média, a R$ 462,27, um aumento de pouco mais de R$ 17 em relação ao mês de agosto. A variação mensal é de 3,93%, a maior dos últimos cinco meses.

O café em pó (21,32%) e a batata inglesa (15,04%) voltam a ser os principais responsáveis pelo aumento médio de preços da cesta básica, junto com a banana (13,82%) e o tomate (12,89%). A carne bovina, que vem sofrendo aumentos consideráveis em 2021, teve um pequeno reajuste, de 0,83% na comparação com o mês anterior. O único produto da cesta que ficou mais em conta foi o pão francês, com redução média de preços de 2,27%.