Substituição dos bloquetes da Bueno Brandão remarcada para esta semana
A PMV ainda não informou quais medidas serão tomadas para contornar o problema do trânsito no local durante a execução da obra
Publicado em: 17/01/2021 às 09:00hs
Após ser adiada por diversas vezes, a obra de substituição do calçamento em bloquetes da avenida Bueno Brandão deve ser iniciada nesta semana. A informação foi confirmada pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura, que contratou a empresa Sales Construções e Empreendimentos Eireli para executar obras de calçamento com piso intertravado em diversas ruas da cidade.
O contrato com a empresa foi assinado em outubro e a ordem de serviço foi dada no dia 11 de novembro de 2020. O contrato de R$ 1.723.386,80 garante a recomposição de 30.800 m² de calçamentos em várias ruas da cidade e deve ser cumprido num prazo de 365 dias.
De acordo com o projeto básico do processo licitatório, a lista de ruas contempladas não estava presente e a Secretaria de Obras também não soube informar quais outras vias ganharão o novo calçamento.
A Secretaria de Obras confirmou que somente na Bueno Brandão, serão utilizados mais de 22 mil metros quadrados de novos bloquetes. Antes, o pavimento atual será completamente removido, a exemplo do que foi feito na avenida Olívia de Castro, no bairro Clélia Bernardes, em 2015. Em seguida, os blocos de concreto pré-fabricados serão assentados sobre uma camada de areia e travados entre si por contenção lateral e por atrito entre as peças.
PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO
A escolha pela manutenção do piso intertravado na Bueno Brandão, ao invés do asfalto, é uma alternativa encontrada para evitar problemas com a Justiça, segundo a Prefeitura. Em 2018, a antiga administração quis asfaltar a via, mas esbarrou em uma decisão da juíza Giovana Travenzolli Abreu Lourenço, que concedeu liminar em uma Ação Popular movida por Marcelo Silva Sant’Anna.
O pedido era para a justiça proibir a prefeitura de promover intervenções na avenida, por se tratar de um bem público tombado, sob a alegação de que a obra traria prejuízos a patrimônios como a própria balaustrada e ao entorno da antiga Estação Ferroviária. Agora, como o piso será reformado sem a aplicação de asfalto, não deverá ocorrer nenhuma intervenção contrária da Justiça.