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Preço dos alimentos mantém alta da inflação em Viçosa

No acumulado dos últimos doze meses, produtos básicos na mesa do viçosense ficaram, em média, 22% mais caros


Publicado em: 10/09/2021 às 14:14hs

Preço dos alimentos mantém alta da inflação em Viçosa
Foto: reprodução

No mês de agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em Viçosa ficou em 0,79%, número abaixo que o registrado em julho (0,87%) mas, ainda assim, contribuiu para manter elevadas as médias de preços de diversos produtos vendidos no município. O relatório do IPC é desenvolvido e divulgado mensalmente pelo Departamento de Economia (DEE) da Universidade Federal de Viçosa.

Dos grupos que compõem a análise do IPC, os itens de alimentação tem mais impacto no cálculo final. Destaque para cereais, leguminosas e oleaginosas (7,72%) e leite e derivados (3,48%). O grupo de transporte e comunicação também foi responsável pelo aumento da inflação local, graças aos reajustes nas passagens de ônibus interurbano e o preço dos combustíveis. Artigos de residência (1,89%), Habitação (0,35%) e os gastos com educação e despesas pessoais (0,25%) também fecharam o mês com variação positiva de preço.

Já os itens de vestuário, após sucessivos aumentos, registraram queda em agosto (-1,14%), com ênfase nos preços de roupas masculinas e infantis. O grupo de saúde e cuidados pessoais teve leve redução (-0,19%), impactada, principalmente, pelos produtos de higiene bucal e cosméticos.

ARROZ E BATATA MAIS CAROS

O valor médio da cesta básica em Viçosa registrou alta pelo segundo mês seguido, custando R$ 444,78. Ou seja, um trabalhador que ganha um salário mínimo gasta, em média, 40% de sua renda para adquirir os produtos básicos que compõem a cesta.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, de acordo com o levantamento do IPC Viçosa, a maior alta ficou por conta do arroz, com alta de 13,66%. A batata inglesa ficou 5,86% mais cara, assim como o clássico café com leite que apresentou respectivamente, 2,88% e 2,58% de reajuste médio.

Segundo o relatório, a alta no preço dos alimentos se justifica pelo aumento do dólar. Quando a moeda americana vale muito mais que o real, vender o produto para fora do país é mais vantajoso e, consequentemente, falta o produto para abastecer o mercado interno. Além disso, o consumo de alimentos em geral se manteve aquecido, mesmo com a crise.