CIDADE

Agentes de saúde e de endemias ainda estão sem reajuste nos salários

Piso foi alterado por lei federal em janeiro e profissionais cobram da Prefeitura a atualização do valor pago


Publicado em: 30/04/2021 às 11:00hs

Agentes de saúde e de endemias ainda estão sem reajuste nos salários
Foto: arquivo

Agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combates à endemias (ACE) de Viçosa fizeram um abaixo-assinado com mais de 90 assinaturas para expressar a insatisfação quanto à omissão do executivo municipal em reajustar o piso salarial da categoria. Há quatro meses, os profissionais estão sem receber os salários previstos em lei.

Atualmente, o piso salarial pago pela Prefeitura é de R$ 1.400,00 sendo que a Lei Federal nº 13.708/2018 prevê que, a partir de 1º de janeiro o valor reajustado deveria ser de R$ 1.550,00. Os profissionais de Viçosa pedem que seja cumprida a lei e que seja garantido o pagamento do valor atualizado. No ofício que contém as assinaturas, os agentes argumentam que “o pagamento do piso salarial é um direito, não sendo dado ao gestor o poder de escolha quanto ao pagamento, considerando que os salários possuem natureza alimentar”.

O abaixo-assinado também foi enviado à Câmara Municipal. O legislativo oficializou moção de repúdio ao executivo por conta da demora em solucionar as questões do pagamento. A iniciativa foi proposta pelo vereador Professor Bartô (PT), com adesão de outros 11 vereadores.

MINISTÉRIO PÚBLICO

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Viçosa (Sinfup), enviou para o Ministério Público uma comunicação de fato, para relatar a inércia do município em relação ao cumprimento da lei, uma vez que diversas notificações já foram feitas pelo Sindicato, sem sucesso.

O documento, assinado pela presidente do Sinfup, Maria Aparecida de Paiva Torres, alerta que “as diversas transgressões à legislação podem, em tese, acarretar ato de improbidade administrativa”.

O Folha da Mata acionou a Prefeitura de Viçosa para questionar o atraso no reajuste do pagamento dos salários. Até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno.