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A Câmara Municipal de Viçosa abriu espaço para discussão de um tema que aflige milhares de mulheres e mães: a violência obstétrica. Esse tipo de violência se caracteriza por uma série de abusos causados por serviços e equipes de saúde no planejamento e momento do parto.

A enfermeira obstétrica, Rebeca Menezes, esteve presente na audiência e disse que dados de 2010 apontam que uma em cada quatro mulheres alega ter sofrido algum tipo de violência obstétrica e, ao longo dos anos, a taxa tem crescido.

A audiência foi presidida pela vereadora Jamille Gomes (PT), em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. A vereadora afirmou que poucas mulheres têm ciência do que é a violência obstétrica e conseguem reconhecer o que já passaram. Quando a reflexão é feita, já se passaram anos do parto.

Um dos impactos é o aumento do número de cesáreas em detrimento do parto normal. Muitas mulheres desistem de optar por uma forma menos incisiva e de recuperação mais rápida ao dar à luz por culpa de uma cultura de assistência obstétrica que trata o parto normal como algo errado.

“O que faz as mulheres desistirem ou não quererem o parto normal? É a violência obstétrica”, disse a vereadora, que defende que o acesso à informação é fundamental para que as mulheres tenham conhecimento de seus direitos.

Estiveram presentes a coordenadora técnica do Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), Daniela Neves Ribeiro; a gerente administrativa do CEAE, Melissa Marangon; a representante do Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Gênero (NIEG) e membro do Conselho Municipal de Direitos da Mulher (CMDM), Débora Madeira; a doula, Kamilla Borel; a advogada, Marina Queiroz; o secretário de saúde de Viçosa, Rainério Rodrigues Fontes; a gerente da Rede de Atenção Primária, Luciana Henrique; e a coordenadora da Rede de Atenção Primária, Letícia Sales.

Confira a audiência na íntegra: