CÂMARA

Audiência Pública discute situação do Esporte em Viçosa

Cidade não recebe ICMS esportivo desde 2019 e é gritante a falta de opções na cidade de locais para a prática esportiva


Publicado em: 08/07/2022 às 10:47hs

Audiência Pública discute situação do Esporte em Viçosa

Apesar da importância do tema, apenas três vereadores, acompanhados de alguns gestores do Poder Executivo e membros da sociedade civil organizada se reuniram para discutir as políticas públicas voltadas ao esporte. A audiência pública foi realizada na Câmara, na última quinta-feira, 30, a pedido do vereador Marco Cardoso (Marcão Paraíso - PSDB).

A discussão contou com a participação do secretário Municipal de Finanças, Luís Costa Lopes da Silva; do secretário Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes (Secult), Thomas Phillipe de Medeiros Piders; do chefe da Divisão de Esportes e Lazer (DLZ) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), professor João Carlos Bouzas Marins; e do chefe do Departamento de Esportes da Secult, Adaílson Abranches Monteiro.

Também participaram da audiência os vereadores Rogério Fontes (Tistu - sem partido) e Marcos Fialho (sem partido); além de Thales Henrique de Souza, representante da Capoeira; Daniela Gomes Rosado, representante da sociedade civil; Kleber Gustavo Castro, coordenador dos Complexos Esportivos de Viçosa; Paulo Alexandre de Souza, representante do Jiu-jitsu; José Maria Barbosa, da Liga Esportiva; Paulo Cesar Hilst, do grupo OCR e Trail Viçosa; e Lucas Henrique de Abreu Correia, educador físico representante do Clube de Corridas.

Segundo o Vereador Marcão, o objetivo da Audiência Pública era escutar todos os setores públicos do esporte e lazer de nossa cidade “ouvindo as pessoas envolvidas em atividades esportivas que estão fazendo um trabalho bacana e estão dispostas a ajudar”, salientou o parlamentar.

O secretário Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico e Esportes, Thomas (Buldogue), discorreu sobre a realidade que o Esporte se encontra atualmente em Viçosa, descrevendo o quadro como ele encontrou a pasta, com os desafios de se trabalhar os três eixos (cultura, patrimônio e esporte) de maneira conjunta, diante das inúmeras demandas existentes. Ele também agradeceu à Casa Legislativa por ter aprovado, na última reunião Ordinária, o projeto de lei que dispõe sobre a reformulação do Conselho Municipal de Esportes (CMES).

Seguindo o secretário, Adaílson Monteiro mencionou as iniciativas que estão sendo realizadas pelo Departamento de Esportes, e elencou uma lista ampla com as atividades de esporte e lazer que foram identificadas por intermédio do Cadastro Esportivo — ferramenta implementada no ano passado e que continua aberto, a fim de mapear os atores envolvidos com o esporte na cidade. Além desse diagnóstico, ele citou os fóruns e os projetos que estão recebendo apoio do departamento, como os Jogos Escolares, equipes de futebol amador, handebol, vôlei, as escolas municipais, entre outros programas.

Enquanto professor de Educação Física e morador há mais de 30 anos da cidade, João Carlos, chefe da DLZ da UFV, falou da importância dos cidadãos, de diversas idades, se manterem ativos por intermédio de atividades físicas e os benefícios para a saúde. Assim, chamou atenção para a efetividade das ações políticas, apontando possíveis caminhos para a gestão pública municipal e propondo uma visão de “continuidade a longo prazo, para que a cidade possa evoluir”.

Questionado pelo vereador Marcão sobre a obra do Campo Municipal, o secretário Municipal de Finanças, Luís Costa, explicou os trâmites dos recursos e afirmou estar buscando alternativas para resolver esse impasse, que, segundo ele, envolve mais questões políticas do que fatores técnicos ou orçamentários.

Em seguida, foi possível escutar os convidados presentes na Mesa Central. Thales Henrique, representante dos capoeiristas, falou sobre a falta de fomento do poder público aos projetos, que estão enfrentando dificuldade de local e condições de implementação, o que ele lamenta. Daniela Rosado, representante da sociedade civil, trouxe várias propostas para o Executivo e Legislativo e mencionou o fato de ser a única mulher na mesa: “isso já demonstra que nós, mulheres, infelizmente, não ocupamos os espaços e cargos públicos com facilidade e, em nossa área, isso é muito notório. Então, para que haja um crescimento do esporte feminino, é necessário que nós ocupemos esses lugares”, declarou ela.