Teve início no Parque Natural Municipal do Cristo Redentor mais uma temporada de plantio de mudas e sementes para a restauração de área degradada. A expectativa é que seja contemplada uma área de sete hectares e estima-se que 1.500 mudas de espécies vegetais nativas da Mata Atlântica, com ocorrência na microrregião de Viçosa e plantas companheiras, como os adubos verdes, sejam devidamente plantadas para revitalização do solo.

De acordo com a assessoria do Parque, até o momento já foram plantadas cerca de 1.300 mudas e a estimativa é que este número chegue a 1.500, sendo 22 espécies de diferentes fases de crescimento e grupos ecológicos: açoita cavalo, alecrim, angico vermelho, aroeirinha, bacupari, casca doce, embaúba, farinha seca, fedegoso jardim, garapa, ingá beira d'água, ingá branco, jacarandá caviúna, jacarandá mimoso, jequitibá, jerivá, juçara, paineira, papagaio, pitanga, quaresmeira, sangra d'água.

As atividades começaram desde julho do ano passado, quando foi feita a preparação do composto orgânico a ser usado na adubação. Já nos meses de novembro e dezembro de 2023, ocorreram algumas atividades pontuais de plantio, dentro das atividades de Educação Ambiental do Parque. Mas efetivamente o plantio iniciou-se com a chegada das chuvas, e está planejado para seguir durante todo o mês de janeiro e início de fevereiro deste ano.

De acordo com Davi Senna, coordenador do Programa de Recuperação Ambiental do Parque, foram escolhidas duas técnicas para auxiliar no restabelecimento da vegetação nativa do local. Uma dessas técnicas é o plantio total de mudas, muito conhecido, onde são plantadas mudas de forma sistemática (em linhas), com espaçamentos definidos que podem variar em função do relevo, do tipo de vegetação a ser restaurado e da velocidade com que se quer recobrir o solo. E a outra forma, a semeadura direta de muvuca de sementes, que consiste em um misto de sementes, com alta variabilidade de espécies florestais de diferentes categorias ecofisiológicas.

Além disso, está sendo aplicada a técnica de Regeneração Natural Assistida (RNA), em toda a extensão do Parque, através de ações para acelerar a recuperação, como a prevenção a incêndios, controle de espécies invasoras e/ou exóticas, controle de formigas cortadeira e manejo da regeneração natural. A escolha da melhor a ser utilizada em cada sub-bacia do Parque do Cristo ocorreu após a avaliação do potencial de regeneração natural de cada área em restauração. De forma geral, as áreas em restauração do Parque possuem baixo e médio potencial de regeneração.

As mudas foram oferecidas e doadas pelo IEF (Instituto Estadual de Florestas)  e o acesso às sementes se deu por meio do acordo de cooperação estabelecido com a ONG The Nature Conservancy - TNC, que participa do movimento do Redário (www.redario.org.br).